sexta-feira, 30 de março de 2012

Rip Van Winkle - Lenda sobre a Independência dos EUA.

Publicado por Washington Irving (escritor, historiador, também autor de "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça", ambos partes da publicação "Sleepy Hollow"), em 1819, Rip Van Winkle é um conto infanto-juvenil que narra as transformações promovidas pela Independência dos EUA de 1776, percebidas por um personagem que passou vinte anos em profundo sono durante o processo da Revolução Americana.

A estória se resume da seguinte forma:
"Rip Van Winkle não gostava de trabalhar e vivia no bar. Um dia, para não ouvir as reclamações da sua esposa, resolveu ir para as montanhas (Catskill, em Nova York), passou lá o dia todo com seu cachorro (Lobo). Quando pensava em voltar, ele viu um senhor (classificado em algumas publicações como um anão) de barbas brancas subindo a montanha carregando um barril. Rip ofereceu ajuda ao homem e subiu com o barril de bebida alcoólica nas costas (cerveja holandesa), até um prédio onde havia vários outros anões. Todos beberam do barril até tarde, quando Winkle decidiu dormir.

Após acordar, Rip procurou o cachorro, porém não o encontrou, desceu a montanha de volta à cidade. Ele vai até a sua casa e está toda destruída, depois foi até o bar, procura os amigos, mas descobre que houve uma guerra e que muitos morreram. Uma jovem o encontra e diz que seu pai nunca voltou das montanhas e que sua mãe morreu e com isso, passaram-se 20 anos. Ela também não o reconhece devido a sua grande barba, mas tratava-se de sua filha. Ele volta então para casa de sua filha e não trabalha mais, por ser muito velho, da maneira como queria antes.
Passou 20 anos dormindo, deixou de ser um fiel súdito do rei George III da Inglaterra e um amável membro da colônia inglesa de Nova York. Agora, via-se um cidadão livre, americano da recém-formada federação dos Estados Unidos da América. Em vez de prestar homenagem a um rei, ele agora tinha o direito de agir, de se expressar e de rezar, conforme estipulavam os direitos que por lei haviam sido decretados pelo Congresso. E, de quatro em quatro anos, ele poderia votar para um novo presidente que, como o de então, George Washington, exercia poderes delimitados por uma Constituição respaldada no consenso dos governados, os cidadãos. O fim de sua vida foi resumido a se divertir entretendo crianças e visitantes de Nova York que formavam fila para ouvir suas estórias".


Na sequência, posto um vídeo (preto e branco, e mudo, obviamente) produzido em 1896, mas exibido em 1902, preservado pela Biblioteca do Congresso dos EUA, dirigido por W.K.L. Dickson e protagonizado por Joseph Jefferson. Devido a idade, esse vídeo hoje encontra-se sob Domínio Público.