terça-feira, 27 de novembro de 2012

Chaves de Respostas - UFRN 2013 - História Geral e RN.


sexta-feira, 30 de março de 2012

Rip Van Winkle - Lenda sobre a Independência dos EUA.

Publicado por Washington Irving (escritor, historiador, também autor de "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça", ambos partes da publicação "Sleepy Hollow"), em 1819, Rip Van Winkle é um conto infanto-juvenil que narra as transformações promovidas pela Independência dos EUA de 1776, percebidas por um personagem que passou vinte anos em profundo sono durante o processo da Revolução Americana.

A estória se resume da seguinte forma:
"Rip Van Winkle não gostava de trabalhar e vivia no bar. Um dia, para não ouvir as reclamações da sua esposa, resolveu ir para as montanhas (Catskill, em Nova York), passou lá o dia todo com seu cachorro (Lobo). Quando pensava em voltar, ele viu um senhor (classificado em algumas publicações como um anão) de barbas brancas subindo a montanha carregando um barril. Rip ofereceu ajuda ao homem e subiu com o barril de bebida alcoólica nas costas (cerveja holandesa), até um prédio onde havia vários outros anões. Todos beberam do barril até tarde, quando Winkle decidiu dormir.

Após acordar, Rip procurou o cachorro, porém não o encontrou, desceu a montanha de volta à cidade. Ele vai até a sua casa e está toda destruída, depois foi até o bar, procura os amigos, mas descobre que houve uma guerra e que muitos morreram. Uma jovem o encontra e diz que seu pai nunca voltou das montanhas e que sua mãe morreu e com isso, passaram-se 20 anos. Ela também não o reconhece devido a sua grande barba, mas tratava-se de sua filha. Ele volta então para casa de sua filha e não trabalha mais, por ser muito velho, da maneira como queria antes.
Passou 20 anos dormindo, deixou de ser um fiel súdito do rei George III da Inglaterra e um amável membro da colônia inglesa de Nova York. Agora, via-se um cidadão livre, americano da recém-formada federação dos Estados Unidos da América. Em vez de prestar homenagem a um rei, ele agora tinha o direito de agir, de se expressar e de rezar, conforme estipulavam os direitos que por lei haviam sido decretados pelo Congresso. E, de quatro em quatro anos, ele poderia votar para um novo presidente que, como o de então, George Washington, exercia poderes delimitados por uma Constituição respaldada no consenso dos governados, os cidadãos. O fim de sua vida foi resumido a se divertir entretendo crianças e visitantes de Nova York que formavam fila para ouvir suas estórias".


Na sequência, posto um vídeo (preto e branco, e mudo, obviamente) produzido em 1896, mas exibido em 1902, preservado pela Biblioteca do Congresso dos EUA, dirigido por W.K.L. Dickson e protagonizado por Joseph Jefferson. Devido a idade, esse vídeo hoje encontra-se sob Domínio Público.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Origens da festividade do Natal.

Ao contrário do que a maioria dos ocidentais pensam, o Natal não é uma data totalmente cristã. Suas origens remontam a culturas milênios mais velhas que a cristã, confirmada por fontes da instituição mais velha do cristianismo, a Igreja Católica:

Enciclopédia Católica (edição de 1911): "A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja... os primeiros indícios dela são provenientes do Egito... os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentravam na festa do Natal".

Orígenes, um dos chamados pais da Igreja, um dos filósofos da patrística: "... não vemos nas Escrituras ninguém que haja celebrado uma festa ou celebrado um grande banquete no dia do seu natalício. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes) celebraram com grande regozijo o dia em que nasceram neste mundo".

As civilizações pagãs, como egípcios, persas e romanos, cultuavam outras divindades na referida data, especialmente por coincidir com o solstício de inverno naquelas regiões (hemisfério norte), simbolicamente um inconsciente coletivo, um pedido, de ressurreição do sol para o bem dos campos agrícolas. Por costume e transformação das festividades em tradição durante inúmeros anos, os velhos cultos em honra a Hórus, Mitra, Saturno, Apolo e o Sol Invictus, sinônimos para o próprio astro supremo que rege as estações do ano, serviram aos interesses imperiais, romanos e bizantinos, para consolidar certos valores à nova religião que se tornara alicerce político, facilitando a conversão de pagãos, visto que o cristianismo cresceu absurdamente durante 4 séculos da história romana, convertendo a maioria dos plebeus e escravos, ameaçando a governabilidade dos césares.


Mitra e Hórus, deuses que também eram celebrados no dia 25/12. O primeiro é de origem persa, o segundo egípcia.

Antes mesmo da unificação do cristianismo em Roma, diversos patriarcas já estabeleciam a data como celebração do suposto nascimento de Jesus, considerando-o como o próprio Sol ou superior a ele, como mostram os seguintes registros:

"Ó, quão maravilhosamente agiu Providência que naquele dia em que o sol nasceu... Cristo deveria nascer", Cipriano (de Antioquia) escreveu.

João Crisóstomo (de Constantinopla) também comentou sobre a conexão: "Eles [os pagãos] chamam isso de 'aniversário do invicto'. Quem de fato é tão invencível como Nosso Senhor...?".
Cristo representado como o Sol em um mausoléu cristão do século IV (Roma)

O papa Júlio I, percebendo a importância estratégica da data para arrebanhar novos fiéis estabeleceu a data como dia oficial do nascimento de Cristo, no ano 350, ordenando o fim do culto ao Sol. O imperador bizantino (basileu) Justiniano, transformou a data em feriado oficial em todo o Império.

Na Idade Média, diversos povos ainda não cristianizados, sincretizaram essa festividade romana com outras simbologias que já praticavam, dando origem às práticas de troca/doação de presentes, ornamentação de árvores (símbolo de vida e prosperidade para alguns povos antigos), presépios, entre outros. O quase monopólio cultural exercido pelo catolicismo, através de calendários (gregoriano) inclusive, também contribuiu para a consolidação dessa interpretação cristã para o dia 25/12.

Mesmo com todo o significado de boas intenções do cristianismo, de solidariedade, de culto ao símbolo maior dessa religião, atualmente, a data é mais lembrada como uma celebração ao consumismo capitalista. O próprio Papai Noel, por exemplo, fruto do exemplo de São Nicolau (século III), é uma deturpação materialismo consumista, sendo representado mais por inspiração de uma bem sucedida campanha publicitária de refrigerantes nos anos 30 do século XX.

São Nicolau, a primeira inspiração do Papai Noel.


PARA COMPLEMENTAR A POLÊMICA, CONFIRAM PARTE DO DOCUMENTÁRIO "ZEITGEIST", DE PETER JOSEPH, SOBRE AS ORIGENS PAGÃS DO CRISTIANISMO:








Considerem esse post como um complemento a outro post do ano passado de mesmo temática: http://www.thiagohmlopes.blogspot.com/2012/01/origem-da-festividade-do-natal.html