No dia 17 de abril de 1975, os membros do Khmer Vermelho ocuparam Phnom Penh, capital do Camboja, sem resistência e em poucas horas esvaziaram completamente a cidade, em um primeiro ato de um regime de terror que deixaria mais de três milhões de mortos.

Segundo o partido, era um meio de criar um homem novo em uma sociedade rural absolutamente igualitária. Em nome de uma utopia agrária, a população passou fome e todo o povo foi explorado em trabalhos forçados para produzir arroz e construir gigantescas obras.
Aqueles que não se submetiam às ordens do poder central eram torturados, executados, deportados ou postos sob uma vigilância rígida e a uma depuração étnica ou ideológica, no caso de vietnamitas, chineses ou muçulmanos. Em três anos, oito meses e 20 dias, quase

No final de 1978, 50 mil soldados vietnamitas invadiram o Camboja depois de uma série de ataques d
Contudo, os interesses estratégicos das grandes potências permitem que 30 anos depois vários dos ex-líderes do Khmer Vermelho, responsáveis pelo genocídio, consigam evitar a Justiça.
Em 2003, as Nações Unidas e o Camboja concordaram no final de seis anos de difíceis negociações, a organizações de uma corte especial mista - cambojana e internacional - para julgar os responsáveis por genocídio. No entanto, as organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram que o tribunal e sobretudo os juízes cambojanos seriam submetidos a pressões políticas em um país onde a Justiça é notoriamente corrompida.
A nível internacional, dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a China, que foi o apoio ideológico do Khmer Vermelho, e os Estados Unidos, rejeitaram participar financeiramente no processo e os rearmaram em nome das imperativas estratégias da Guerra Fria. Inclusive a ONU seguiu reconhecendo o regime do Khmer Vermelho vários anos depois de ter sido expulsa pelo corpo expedicionário vietnamita e depois de serem conhecidas amplamente as atrocidades que haviam cometido.
Chamar Pol Pot de monstro ou compará-lo a Adolf Hitler, pelo furo


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