Não é difícil escutar pessoas reclamando das condições de estudo que já viveram, ou vivem, colocando a culpa do mau desempenho próprio em tais "condições".
Ontem, um professor meu me falou algo que fiquei intrigado e me serviu como opinião: "Após a II Guerra Mundial, a Universidade de Tel Aviv (Israel) funcionava em galpões aéreos militares, sem qualquer dos luxos que as atuais oferecem, ar condicionado, recursos multimídias, e nem por isso deixou de ser uma das melhores universidades de sua época!".
Com isso fico imaginando o quanto o desinteresse de alguns estudantes, até mesmo de professores, se reflete quando os mesmos reclamam que suas escolas não têm "isso ou aquilo". Já trabalhei, e fui aluno, em escolas públicas e particulares, e tais afirmações são uma constante, o pior, até nas Universidades Federais, hoje alvos de milhões de recursos, os Professores trabalham reclamando (eita má vontade da gota!). Não é a toa que as licenciaturas do país são de baixa qualidade.
Entre os professores do ensino básico, concordo em afirmar que o salário é pouco forçando-nos a trabalhar em várias escolas para suprir nossos gastos, inclusive os de atualização, faltando tempo para as dedicações. Mas os Universitários? Entre eles se tornam injustas essas reclamações, salários altos e dedicação exclusiva, sei não viu...
Terminei meu Ensino Médio em uma escola pública, nem por isso deixei de ser aprovado no vestibular, nem por isso virei marginal como alguns tanto esperavam, nem por isso aceito ver aluno meu reclamando da qualidade da escola onde estuda, mesmo porque não sai barato para seus pais, e já vi muitos ex-alunos saírem da escola pública onde ensinei e hoje estão nos corredores da UFRN. Por quê? Porque se dedicou, valorizou a educação. Se alguns alunos tivessem mais interesse e alguns professores passassem no mínimo os conteúdos como deveriam, o Brasil já estaria em outro patamar cultural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário