domingo, 1 de maio de 2011

Expansão árabe.

No ano de 630, Maomé e seus seguidores ocuparam a cidade de Meca, retornando do exílio da Hégira em Medina, destruíram os ídolos da Caaba, símbolos do politeísmo, e assim fundou-se o Islão - Estado Teocrático dos Crentes, unificando as tribos nômades que habitavam a península arábica. Esse fato é considerado como a unificação política e religiosa dos povos árabes, agora comandados pelo Califa (substituto, chefe, líder, em árabe).

Avanços árabes, destaque para as incursões maometanas e dos rashidun.


O Expansionismo árabe iniciou-se logo após a morte de Maomé, em 632, tanto em direção ao oriente como ao ocidente. Os primeiros quatro sucessores do profeta ficaram conhecidos como "Rashidun", ou "califas bem guiados", iniciando com o governo do sogro de Mohammed, Abu Bakr. Os Rashidun expandiram os domínios árabes até o norte da África, especificamente até o território da atual Líbia, além de várias ilhas do Mediterrâneo. Um dos maiores monumentos do período dos "bem guiados" é a Mesquita de Omar em Jerusalém, símbolo do expansionismo na Palestina.

Domínios conquistados pelos rashidun.


Mesquita de Omar (segundo rashidun), ou Domo da Rocha, em Jerusalém.

As conquistas islâmicas se ampliaram sob os califas Omíadas (661 - 750) e foram preservadas pelos Abássidas (750 - 1258), apesar das diversas divisões políticas, iniciadas com a fundação do Emirado de Córdoba, na Espanha (chamada de Al-Andaluz pelos árabes) em 756.
O processo expansionista foi fulminante, estimulado por interesses em dominar rotas de comércio, pela cultura do botim (saques, espólios, de guerra), pela Jihad ("Guerra Santa") e também pela fraqueza dos adversários: O império Persa que desapareceu, O império Bizantino, que foi reduzido, perdendo seus territórios na Palestina e norte da África, e os Reinos Bárbaros da região do Magreb e da Península Ibérica, que foram derrotados. Na Europa, o expansionismo muçulmano na Europa foi contido pelos Francos, na famosa Batalha de Poitiers em 732, liderada pelo Major Domus Carlos Martel, durante a dinastia Merovíngia.

Durante a Dinastia dos Abássidas o comércio árabe atingiu grande extensão, destacando-se o comércio de especiarias com as Índias, as várias rotas de contato com Constantinopla e as várias rotas do norte africano pelo interior, realizado por caravanas, que traziam ouro para a cidade de Ceuta, objeto de interesse português no século XV.

Extensão máxima do Império Árabe.

Apesar da centralização política e religiosa, a história do império árabe caracterizou-se por várias disputas pelo poder e consequentemente por divisões, de onde inclusive nasceram as duas seitas mais importantes do Islamismo: sunitas (os que seguem, além do alcorão, o conjunto de obras sobre a vida pessoal de Maomé chamado Sunnas) e xiitas
(os que aceitam apenas o Alcorão como livro sagrado do islamismo, além de só aceitarem líderes, governantes, que possuam laços sanguíneos com Mohammed).

O domínio mourisco na Península Ibérica influenciou consideravelmente a cultura daquela região, refletindo-se, inclusive, nos países que foram colônias luso-espanholas. Muitas palavras dos idiomas ibéricos são resultado de termos arabescos, como álcool, azeite, almoço etc. Praticamente todas as palavras que iniciam com "a" ou "al" são heranças árabes, assim como alguns hábitos alimentares e certas festividades.


COMPLEMENTE COM ESSE VÍDEO DA FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO:

PARTE 1:


PARTE 2:

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