Os dois haviam sido abandonados pelo pai ao nascer e só sobreviveram por terem sido alimentados por uma loba. O fato é que os irmãos cresceram, vingaram-se do pai e receberam a missão de fundar uma cidade no local onde foram encontrados pelo animal. Essa lenda criou também a data exata do "nascimento" de Roma: os irmãos teriam fundado a cidade em 753 a.C. O próprio nome dessa localidade derivou do nome um deles (Rômulo), que acabou matando seu irmão Remo devido a disputas políticas.
Como se pode ver, a origem de Roma foi inventada através de uma história que misturava o instinto animal (simbolizado pela loba que amamentou os irmãos), com o nascimento de algo novo (a cidade fundada num lugar deserto), retornando aos instintos agressivos no final (simbolizados na rivalidade entre os irmãos e no assassinato de um deles). Assim, essa origem imaginada serviu para os vários imperadores que a governaram justificarem o caráter agressivo e conquistador dessa sociedade romana.
Representação de como seria a Roma Antiga vista por cima.
CLASSES SOCIAIS:
A palavra "patrício" (do latim pater, pai) indicava o chefe da grande unidade familiar ou clã. Esses chefes, os patrícios, seriam descendentes dos fundadores lendários de Roma e possuíam as principais e maiores terras. Eles formavam a aristocracia, sendo que somente esse grupo tinha direitos políticos em Roma e formava, portanto, o governo, controlando, durante a maior parte da história romana, o Senado (do latim senex, idoso) e a Assembléia Curiática.
O Senado Romano.
Já os plebeus eram descendentes de populações imigrantes, vindas principalmente de outras regiões da península Itálica, ou fruto dos contatos e conquistas romanas. Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Eram livres, mas não tinham direitos políticos, e até a República, não podiam participar do governo e estavam proibidos de casar com patrícios.
Num outro patamar, vinham os clientes, também forasteiros, que trabalhavam diretamente para os patrícios, numa relação de proteção e submissão econômica. Assim, mantinham com os patrícios laços de clientela, que eram considerados sagrados, além de hereditários, ou seja, passados de pai para filho.
Por fim, os escravos, que inicialmente eram aqueles que não podiam pagar suas dívidas e, portanto, tinham que se sujeitar ao trabalho forçado para sobreviver. Depois, com as guerras de conquista, a prisão dos vencidos gerou novos escravos, que acabaram se tornando a maioria da população.
REPÚBLICA E EXPANSÃO
A expansão romana iniciou-se por meio das lutas contra os povos vizinhos para obterem escravos (séculos. 5 a 3 a.C.). Depois disso, expandiu-se para a Grécia (séc. 3 a.C.), Cartago (cidade africana que controlava o comércio marítimo no Mediterrâneo), com as Guerras Púnicas, e Macedônia, sendo estas duas regiões conquistadas no séc. 2 a.C. Na seqüência, o Egito, a Britânia (que corresponde aproximadamente à atual Grã-Bretanha) e algumas regiões da Europa e da Ásia foram conquistados no séc. 1 d.C.
Representação da batalha de Actium, uma das que formaram as Guerras Púnicas.
Com as conquistas militares de novos territórios, os generais do Exército acumularam muitos poderes políticos e para deterem as revoltas dos povos dominados, resolveram concentrar o poder. Mário e Sila foram os pioneiros, utilizando o cargo especial de ditador, acabaram enfraquecendo a direção do Senado. Devido a pressão de outros generais, foi estabelecido um novo tipo de governo chamado de Triunvirato (mandato de três homens/generais), formado por Pompeu Magno, Crasso e Júlio César.
César era um general que havia conquistado a Gália em 60 a.C. Com grande prestígio popular (principalmente por ser simpatizante das causas plebéias), deu um golpe em Roma, atacando-a no ano de 49 a.C. e proclamando-se ditador perpétuo (ou seja, governaria com poderes ilimitados até a sua morte). Foi nesse mesmo ano que conseguiu dominar o Egito. No entanto, nem ele nem seu governo tiveram vida longa: foi assassinado por alguns senadores romanos em 44 a.C.
César recebendo a rendição de Vercingetorix, líder gaulês.
Representação do assassinato de Júlio César por senadores opositores.
O IMPÉRIO
Entre os séculos 3 e 4 d.C., o imperador Dioclesiano dividiu o Império Romano numa parte ocidental e noutra oriental. Constantino, o imperador seguinte, tomou duas importantes medidas: reunificou seus domínios, mudando a capital do Império Romano Bizâncio (depois chamada de Constantinopla e, hoje, Istambul, na Turquia), reformando-a, localizada na parte oriental dos domínios romanos e legalizou a prática do cristianismo, inclusive promovendo concílios que orientariam o catolicismo romano daí em diante.
Divisão do Império e Invasões Bárbaras.
ADAPTAÇÃO SOBRE RESUMO DA HISTORIADORA FERNANDA MACHADO.
COMPLEMENTE SEU ESTUDO COM ESSA PRODUÇÃO DO HISTORY CHANNEL:
PARTE 1:
PARTE 2:
PARTE 3:
PARTE 4:
PARTE 5:
PARTE 6:
PARTE 7:
PARTE 8:
PARTE 9:
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