terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Origem histórica do Natal.

O verdadeiro simbolismo do Natal oculta transcendentes mistérios. Jesus Cristo foi encaixado num evento originalmente alheio ao simbolismo do cristianismo, por mera convenção dos primeiros líderes seculares da religião cristã. Esta festividade tem sua origem fixada no paganismo. Era um dia consagrado à celebração do “Sol Invictus”. O Sol tem sua representação no deus clássico Apolo e seus equivalentes entre outros povos pagãos são diversos: Ra, o deus egípcio, Utudos na Babilônia, Surya da Índia e também Baal e Mitra entre os povos do Oriente Próximo, atual Oriente Médio.

Mosaico romano do deus Apolo (observem a auréola)

Mitra era um deus de origem persa muito apreciado pelos romanos, seus rituais eram apenas homens que participavam. Era uma religião de iniciação secreta, semelhante aos existentes na Maçonaria. Aureliano (227-275 d.C), Imperador de Roma, estabeleceu no ano de 273 d.C., o dia do nascimento do Sol em 25 de dezembro “Natalis Solis Invcti”, que significava o nascimento do Sol Invencível. Todo Império passou a comemorar neste dia o nascimento de Mitra-Menino, Deus Indo-Persa da Luz, que também foi visitado por magos que lhe ofertaram mirra, incenso e ouro. Era também nesta noite o início do Solstício de Inverno, segundo o Calendário Juliano, que seguia a “Saturnália” (17 a 24 de dezembro), festa em homenagem à Saturno. Era portanto, solenizado o dia mais curto do ano no Hemisfério Norte e o nascimento de um Novo Sol. Este fenômeno astronômico é exatamente o oposto em nosso Hemisfério Sul, ou seja, de maior duração da luz solar.

Estas festividades pagãs estavam muito arraigadas nos costumes populares desde tempos imemoráveis para serem suprimidas com a advento do Cristianismo, incluso como religião oficial por Decreto por Constantino (317-337 d.C), então Imperador de Roma e chefe da Igreja Cristã Romana (Sumo-Pontífice). Como antigo adorador do Sol, sua influência foi configurada quando ele fez do dia 25 de dezembro uma Festa Cristã. Ele transformou as celebrações de homenagens à Mitra, Baal, Apolo e outros deuses, na festa de nascimento de Jesus Cristo. Uma forma de sincretismo religioso. Assim, rituais, crenças, costumes e mitos pagãos passam a ser patrimônio da “Nova Fé”, convertendo-se deuses locais em santos, virgens em anjos e transformando ancestrais santuários em Igrejas de culto cristão. Deve-se levar em consideração que o universo romano foi educado com os costumes pagãos, portanto não poderia ocorrer nada diferente, visto que tais adaptações facilitariam a conversão dos cidadãos e bárbaros.

Busto do Imperador Constantino I, o fundador oficial da Igreja Cristã Romana

No quociente Mitraísmo/Cristianismo/Sol se observa surpreendentes analogias. Mitra era o mediador entre Deus e os homens. Assegurava salvação mediante sacrifício. Seu culto compreendia batismo, comunhão e sacerdotes. A Igreja Católica Romana, simplesmente “paganizou” Jesus. Modificou-se somente o significado, mantendo-se idêntico o culto. Cristo, substituiu Mitra, o “Filho do Sol”, constituindo assim um “Mito” solar equivalente, circundado por 12 Apóstolos. Aliás, curiosa e sugestivamente, 12 (n° de apóstolos), coincide com o número de constelações. Complementando as analogias astronômicas: a estrela de Belém seria a conjunção de Júpiter com Saturno na constelação do ano 7 a.C, com aparência de uma grande estrela.

Mitra, deus de origem persa muito adorado pelos romanos, devido a influência helenística de Alexandre Magno.

Todavia, o povo cristão do Império Romano Oriental (Bizantino), base da ortodoxia cristã, adaptou esta celebração para 6 de janeiro (dia dos Santos Reis no Ocidente), possivelmente por uma reminiscência pagã também, pois esta é a data da aparição de Osíris entre os egípcios e de Dionísio/Baco entre os gregos.

Para melhor ilustrar tudo o que foi exposto no texto, deixo publicado um capítulo do aclamado documentário Zeitgeist, "As origens pagãs do cristianismo":

PARTE 1:


PARTE 2:


PARTE 3:


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