A população de Vila Rica, atual Ouro Preto - MG, já não conseguia arcar com todos os tributos cobrados, como o "Quinto". Em 1783, para piorar as coisas, D. Luís da Cunha Meneses foi nomeado para governar a capitania e passou a praticar todo tipo de arbitrariedades.
A atitude de Meneses gerou um clima de revolta nos moradores da capitania das Gerais. Seu substituto, o Visconde de Barbacena, chegou em 1788 com uma incumbência ainda pior do ponto de vista da população: ele deveria lançar a "Derrama" (confisco de todo objeto de valor das residências daqueles habitantes que não conseguissem pagar a taxa mínima de ouro). A cobrança dos impostos atrasados fez com que as elites de Minas Gerais, inspiradas pelas idéias iluministas e pela Independência dos Estados Unidos, começassem a conspirar contra a Coroa. Mas quem eram esses conspiradores? A maioria eram filhos da elite aurífera, ou homens formados que, por causa da fortuna de seus pais, conseguiram estudar nas melhores universidades européias, entrando assim em contato com as idéias mais avançadas da época. Conheça alguns deles:
O movimento que entrou para a História como Inconfidência Mineira (ou Conjuração Mineira), deveria começar quando fosse lançada a derrama. A senha que desencadearia tudo era: Hoje é o dia do batizado. A insurreição não ocorreu, pois foi delatada por Silvério dos Reis, um coronel que devia enormes somas à Coroa. No dia 15 de março de 1789, o traidor fez um pormenorizado relato dos planos ao Visconde de Barbacena. Este, astutamente, suspendeu a derrama, um dos trunfos com que os rebeldes contavam para levantar a população contra as autoridades. O visconde não mandou prender imediatamente os envolvidos. No dia 10 de maio de 1789, Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro. Dias depois, os outros conjurados foram detidos. Numa primeira sentença, vários envolvidos foram condenados à pena de morte, mas não fui cumprida.
Com exceção da de Tiradentes, os demais acabaram comutadas para degredo perpétuo. Tiradentes, o mais pobre, acabou assumindo toda a culpa. No dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, Joaquim José da Silva Xavier foi enforcado e esquartejado, as partes de seu corpo foram expostas na estrada que ligava Vila Rica ao Rio de Janeiro. Na época colonial e imperial, Tiradentes era lembrado como traidor, devido ter cometido o crime de "Lesa-majestade", traição contra a monarquia lusitana, sua residência foi destruída e o terreno salgado para não nascer mais nada lá, e sua família foi "amaldiçoada" por várias gerações subsequentes. Porém, com a proclamação da República em 15/11/1889, o novo governo decidiu transformar Tiradentes num mártir da causa republicana, criando um dos primeiros "heróis" da História Oficial do Brasil, retirando a "maldição" imposta pelo antigo sistema e criando um feriado nacional, no dia da morte dele, para reforçar a memória e os ideais do atual sistema.
A atitude de Meneses gerou um clima de revolta nos moradores da capitania das Gerais. Seu substituto, o Visconde de Barbacena, chegou em 1788 com uma incumbência ainda pior do ponto de vista da população: ele deveria lançar a "Derrama" (confisco de todo objeto de valor das residências daqueles habitantes que não conseguissem pagar a taxa mínima de ouro). A cobrança dos impostos atrasados fez com que as elites de Minas Gerais, inspiradas pelas idéias iluministas e pela Independência dos Estados Unidos, começassem a conspirar contra a Coroa. Mas quem eram esses conspiradores? A maioria eram filhos da elite aurífera, ou homens formados que, por causa da fortuna de seus pais, conseguiram estudar nas melhores universidades européias, entrando assim em contato com as idéias mais avançadas da época. Conheça alguns deles:
- José Álvares Maciel: diplomado em filosofia, em Coimbra;
- José Inácio Alvarenga Peixoto: bacharel que explorava ouro;
- Cláudio Manuel da Costa: poeta e bacharel;
- Tomás Antônio Gonzaga: desembargador e poeta;
- José da Silva Rolim: vigário;
- Luís Vieira da Silva: homem rico que possuía uma grande biblioteca;
- Francisco de Paula Freire de Andrade: tenente-coronel;
- Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes: dentista prático. Apesar de não ser rico nem diplomado, foi considerado o grande líder do movimento.
- mudança da capital para São João del Rey (a antiga capital era Ouro Preto);
- fundação de uma universidade em Vila Rica;
- abertura de fábricas de tecidos, ferro e pólvora (proibidas por decreto de 1785);
- organização de milícias populares para defender o regime na forma de república;
- emissão de papel-moeda.
O movimento que entrou para a História como Inconfidência Mineira (ou Conjuração Mineira), deveria começar quando fosse lançada a derrama. A senha que desencadearia tudo era: Hoje é o dia do batizado. A insurreição não ocorreu, pois foi delatada por Silvério dos Reis, um coronel que devia enormes somas à Coroa. No dia 15 de março de 1789, o traidor fez um pormenorizado relato dos planos ao Visconde de Barbacena. Este, astutamente, suspendeu a derrama, um dos trunfos com que os rebeldes contavam para levantar a população contra as autoridades. O visconde não mandou prender imediatamente os envolvidos. No dia 10 de maio de 1789, Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro. Dias depois, os outros conjurados foram detidos. Numa primeira sentença, vários envolvidos foram condenados à pena de morte, mas não fui cumprida.
Com exceção da de Tiradentes, os demais acabaram comutadas para degredo perpétuo. Tiradentes, o mais pobre, acabou assumindo toda a culpa. No dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, Joaquim José da Silva Xavier foi enforcado e esquartejado, as partes de seu corpo foram expostas na estrada que ligava Vila Rica ao Rio de Janeiro. Na época colonial e imperial, Tiradentes era lembrado como traidor, devido ter cometido o crime de "Lesa-majestade", traição contra a monarquia lusitana, sua residência foi destruída e o terreno salgado para não nascer mais nada lá, e sua família foi "amaldiçoada" por várias gerações subsequentes. Porém, com a proclamação da República em 15/11/1889, o novo governo decidiu transformar Tiradentes num mártir da causa republicana, criando um dos primeiros "heróis" da História Oficial do Brasil, retirando a "maldição" imposta pelo antigo sistema e criando um feriado nacional, no dia da morte dele, para reforçar a memória e os ideais do atual sistema.
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